Entrevista – O Martim: “É muito comum para mim escrever canções em jeito de auto-aconselhamento“

Contando já com um total de três discos editados, o Quinto Canal esteve à conversa com O Martim, para dar a conhecer aos nossos leitores o seu percurso musical, em mais uma entrevista exclusiva.

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Para quem não conhece o seu trabalho, quem é O Martim?

O Martim é o meu alter-ego cantante. Um contador de histórias em jeito de canção, que se inspira na vida de um rapaz com um nome de beto, mas que de beto acaba por ter muito pouco. É preciso fazer a ressalva de explicar que as letras podem nem sempre corresponder à realidade onde se inspiram, acabando por muitas vezes cair num exagero para reforçar as ideias que querem contar.

Como surgiu o gosto pela música?

Algures na escola secundária, enquanto a maioria dos miúdos jogava a bola, eu pertencia ao pequeno grupo que ia para o canto do recreio de viola atrás. Não demorou muito até que esse pequeno grupo virasse banda, e o resto… é história.

Qual o género musical que melhor define O Martim?

Pop de rua.

Cantar em português sempre foi uma prioridade na sua carreira?

Acho que o cantar em português não tem a ver com prioridade, mas sim com o facto de ser a língua que eu sei falar. A mim nunca me incomodou ver pessoas portuguesas a cantar (por exemplo) em inglês. No entanto incomoda-me bastante ver as pessoas portuguesas a cantar MAL em inglês. Se o meu vocabulário noutra língua não é suficiente para eu eu me conseguir exprimir, como raio é que eu posso escrever e cantar sobre o que quer que seja?

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É muito comum para mim escrever canções em jeito de auto-aconselhamento.

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Deixa o Tempo em Paz é o seu terceiro álbum de originais. Em que se inspirou para a criação do novo disco?

Este título é uma critica a um dos maiores defeitos que o homem tem, e que eu escrevi (como muitas outras canções) em jeito de mensagem aparente para o público, mas na realidade mais direccionada a mim próprio. É sobre viver no presente, mas sobre largar o passado também. Um exercício constante de desprendimento. Livrar-nos do tempo como se de tralha velha se tratasse. É muito comum para mim escrever canções em jeito de auto-aconselhamento.

O que podem os fãs esperar deste trabalho discográfico?

Até este ponto, a maior parte das minhas canções vinham de um lugar de revolta. Estava zangado com o que me estava a acontecer na vida como se eu não tivesse culpa nenhuma das situações em que me colocava. As relações falhadas, a falta de foco, a preguiça. Neste disco O Martim assume responsabilidade, e entende que tem muito mais poder e controle do que pensa, e que apenas mudando a sua perspectiva acaba por mudar o seu mundo. As canções tornam-se assim mais leves.

Desde o lançamento do primeiro álbum, que momento da sua carreira o marcou mais até ao momento?

O dia em que o Tiago Bettencourt subiu ao palco para cantar uma canção minha comigo.

Ser cantor sempre foi o seu maior sonho?

Eu tenho muitos sonhos. Talvez sonhos a mais(risos). Mas sem dúvida que estar em palco, a cantar as minhas canções rodeado dos meus amigos músicos é o maior deles todos.

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(…) Teria todo o gosto em voltar a participar num programa de televisão.

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O Martim foi também uma das caras do 5 Para a Meia-Noite da RTP, juntamente com o Nilton. Como surgiu essa oportunidade?

Surgiu por telefone, na véspera do primeiro episódio de todos, a convite deste senhor de óculos que acabou por se tornar num dos melhores amigos que tenho nesta vida, o Nilton. Conheci o Nilton através de um amigo nosso em comum, o Pedro Rodrigues, com quem tinha uma banda chamada Fillage. O Nilton veio a um concerto nosso e viu-me a tocar contrabaixo e a dizer parvoíces em palco. Foi amor à primeira vista!

Gostava de voltar a participar num programa de televisão?

Eu demorei algum tempo a sentir-me confortável em frente às câmaras. Basta ir ao youtube e ver os primeiros episódios do 5 para a meia noite, para perceber que eu ficava muito atrapalhado quando o Nilton se metia comigo. No entanto ao longo dos anos esse desconforto foi desaparecendo cada vez mais, até acabar por se transformar em à vontade, e finalmente em prazer. Por isso sim, teria todo o gosto em voltar a participar num programa de televisão. (Desde que este fosse de qualidade, está claro.)

No que toca ao mundo televisivo, tem algum programa de eleição que costume acompanhar regularmente?

Infelizmente (ou será felizmente?) a minha vida neste momento não me permite acompanhar o que quer que seja na televisão. Acontece que eu tenho o meu estúdio montado em casa, e acabo por passar lá o tempo de trabalho, e o de lazer também.

Para finalizar, uma mensagem especial para os seus fãs e leitores do Quinto Canal:

Obrigado a vocês que seguem o meu trabalho, e obrigado Quinto Canal por me receberem! Estou a preparar os próximos concertos e actuações bem como também a gravar coisas novas. Espreitem a minha página www.omartim.com e fiquem a par de tudo!

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Quinto Canal

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